Não passa de patacoada essa história de tirar o mandato de Francisco Everardo de Oliveira Silva, popularmente conhecido por “Tiririca”, ao argumento de que seria analfabeto funcional. Se ele tivesse obtido uma ninharia de votos, ninguém estaria se preocupando em apurar essas coisas. Mas como o candidato estourou a “boca do balão” com um mar de votos, muitos procuraram se aparecer sob o pálio de uma pretensa moralidade eleitoral.
Tudo não passa de uma grande bobagem. Se foi habilitado pelo partido, para disputar o pleito e se foi inscrito, sem qualquer impugnação para a disputa, agora, depois de eleito com milhões de votos, a tentativa de tirar-lhe o mandato conferido pela vontade popular, soa como um verdadeiro golpe à própria instituição democrática.
Não interessa se “Tiririca” lê e escreve mal. Ele foi eleito pelo povo e pronto. Que se eduquem e se conscientizem os eleitores, para não se equivocarem na hora da escolha. Mesmo porque se o povo fizesse isso, o panorama político seria outro.
A democracia se exercita em cima de regras claras e se as regras são essas que permitem que um partido faça a inscrição de um quase analfabeto, levado apenas pela fama e popularidade, que se mudem as regras, mas não se pretenda corrigir a deformação estrutural partidária, com manobras de pirotecnia, com o objetivo de apenas jogar para a plateia, sem que o cerne do problema seja solucionado.
Às vezes é mais catastrófico para o povo, o letrado desonesto do que um “palhaço analfabeto”. Sem ajuda de outros, “Tiririca” não representa nada, mas se bem assessorado, pode representar muito, se for honesto. O fato de ser palhaço de profissão, pode ser que no exercício do seu mandato, não venha fazer o povo de palhaço, como muitos representantes o fazem.
“Tiririca” é subproduto de uma democracia incipiente e de uma cultura deformada, cujos valores sedimentados ao longo da história, trazem embutidos em seu bojo, os vícios de uma política anacrônica.
A sua eleição é válida e legítima e atende ao jogo político do momento. Na Democracia tudo é dinâmico e ninguém decide sozinho, principalmente no âmbito do Parlamento, que é um órgão colegiado. “Tiririca” acendeu uma luz vermelha de alerta, com um recado claro para as elites dirigentes, demonstrando que o povo é capaz de fazer uma revolução ou contra revolução, com o seu voto, e quem sabe numa próxima vez, o povo não dê cartão vermelho a todo esse grupo que vem se perpetuando no Poder, desde os tempos da Velha República.
Pelo menos “Tiririca” teve coragem de se lançar como um palhaço, porque muitos tremem na hora de tomar atitude.
Na Democracia, o povo tem que aprender com os erros. Aliás, aprende-se mais com os erros do que com os acertos.
Enquanto isso, que o nosso Deputado “Tiririca” se junte a outros “Tiriricas” no Congresso e faça uma boa gestão.
BOA DR.
ResponderExcluirTIRIRICA SÓ VAI SER MAIS UM PALHAÇO A SE JUNTAR AO CIRCO QUE SE TORNOU O CONGRESSO!!!
A VOZ DO POVO É A VOZ DE DEUS!!
E QUE VIVA A DEMOCRACIA!!!!!!!!!!!!
UM ABRAÇO!!!!