Com
toda a razão, Aristóteles no século III, Antes de Cristo, afirmava que a
“educação é a alma da democracia”.
As
grandes democracias confirmaram a profecia do grande mestre grego,
impulsionando o seu desenvolvimento por meio de um eficiente sistema de ensino.
Infelizmente
é triste notar que a agenda educacional dos governantes nos dias atuais, não
segue a cartilha do grande filósofo, estando mais preocupados em dar cabo aos vultosos
recursos públicos da educação, com projetos medíocres, do que realmente gastar
cada centavo no aprimoramento da qualidade de ensino.
Invariavelmente,
os Municípios torram o dinheiro adquirindo “kits” de sistema preparado por instituições
privadas de ensino, como por exemplo, POSITIVO, COC, OBJETIVO, etc., quando o
mais produtivo sob o ponto de vista pedagógico, seria cada município elaborar o
seu próprio sistema de ensino, com base nos aspectos peculiares da comunidade
escolar.
Os “kits”
são elaborados em massa, como numa linha de produção e depois entram em ação,
os vendedores que nada entendem de educação, que procuram as prefeituras e
convencem os secretários municipais que aquele produto é o melhor que existe.
Talvez
levados pelo comodismo ou pela lei do mínimo esforço, a equipe do prefeito, ao
invés de investir na preparação de um sistema próprio de educação, adere ao
sistema já pronto, oferecido a todos os municípios e regiões, sem levar em
consideração as peculiaridades locais.
O
mais grave ainda, é que esses sistemas sem qualquer análise preliminar são
adquiridos com dispensa de licitação ou através da modalidade carta convite - que
na verdade, trata-se de procedimento direcionado, ou melhor, combinado antes,
qual a empresa vencedora e qual o valor, sendo o maior alvo de fraude e desvios
de recursos da educação no país todo.
O
artigo 208 da C.F. preconiza em seu § 2º que o não oferecimento do ensino
obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa
responsabilidade da autoridade competente.
A
importância do ensino, leva o gestor público a ter que ressarcir o aluno, pela
má qualidade do ensino.
Isso
significa que não basta mais o Município gastar os mínimos percentuais na
Educação – 25% da receita própria e 60% dos recursos transferidos. É obrigado a
implementar o ensino de qualidade continuada, atingindo as metas.
O
Tribunal de Contas não se contenta mais apenas com a gastança. Exige mais: o
resultado obtido com os gastos. Não adianta gastar milhões com sistemas de
ensino. É necessário atingir metas, com a melhoria da qualidade, a diminuição
da evasão escolar e propostas pedagógicas condizentes com a vocação local dos
estudantes.
A
escola pública insere-se no contexto, como um verdadeiro laboratório, onde o
aprendizado se desenvolve de acordo com a realidade social de cada Município,
na interação econômica, psíquica, comportamental e cultural da sociedade. A
escola agrega todos os fenômenos sócio culturais, formando um verdadeiro caleidoscópio
cultural que reflete toda a realidade do meio social em que vive o aluno.
É
nesse tipo de escola, se bem conduzida, é que se forjarão os homens do amanhã. A diversidade dos elementos que
compõe a comunidade escolar ajuda a conscientizar o estudante dentro de uma
visão pluralista de que somos todos iguais na essência, apesar das diferenças
sociais e econômicas.
A
criança ou o adolescente não podem refugiar-se numa redoma de vidro,
indiferente a tudo o que acontece lá fora. Ela faz parte de uma sociedade que
apesar de todas as suas dificuldades, caberá a ela o empenho para melhorá-la e
não se esconder dentro de um mundo irreal e fictício.
A
escola pública abriga todo o conflito aberto na sociedade e é nela que deve ser
trabalhado e construído uma sociedade mais solidária e justa.
Se ensino se
distancia dessa realidade, a oferta é irregular e o mandatário que não se
empenhar para superar os desafios de uma educação cada vez melhor, pode ser
responsabilizado, por oferta irregular do ensino
Que tal você pesquisar o projeto de lei de Cristovam Buarque, popularizado como "Lei da Reforma Fiscal da Educação" ? Está engavetado no Congresso, mas com esse despertar da Nação, não me surpreenderia que o projeto viesse à tona. Por motivos óbvios, os políticos devem estar boicotando o texto do eminente senador. Dê uma pesquisadinha... rsrs.... você vai gostar....
ResponderExcluirEm tempo - que vos escreve é o Zé Antonio ... Zé do Jair.... Lembrou?... rsrs...